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Crescer no azul: leia artigo do presidente da CAASP, Luís Ricardo Davanzo

Crescer no azul* Luís Ricardo Davanzo Presidente da CAASP Neste mundo polarizado, alguns conceitos têm sido jogados propositalmente no caldeirão de argumentos descabidos que instrumentaliza o proselitismo. Nos ambientes politizados – corporações, entidades de classe, casas parlamentares –, onde deveriam prevalecer o debate saudável de ideias e o respeito à opinião divergente, não raro tem predominado a argumentação ad hominem, que busca tão somente desqualificar o opositor.Nós, na Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo, em sintonia com a Seção de São Paulo e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, somos adeptos do diálogo franco em torno de propostas, sem negociarmos os princípios de cidadania que regem tanto as nações civilizadas quanto as instituições solidárias.Como nunca, temas econômicos e modelos de gestão têm gerado acaloradas discussões. Afinal, o bom administrador – público ou privado – é aquele que promove crescimento, mesmo que à custa de algum endividamento, ou é o que mantém as contas no azul, mesmo que, para isso, sacrifique algum avanço? Trata-se de um bom debate. Um debate que, no âmbito das entidades assistenciais, merece atenção especial.No caso da CAASP, a atual diretoria tem dois firmes propósitos, os quais podem parecer conflitantes: manter o caixa em dia e, ao mesmo tempo, crescer. Para entender como isso será possível, é necessário conhecer a diversidade da entidade e sua natureza.A Caixa de Assistência nasceu há 83 anos para socorrer os advogados em situação de penúria, os profissionais do Direito inscritos na OAB-SP impossibilitados de trabalhar devido a problemas de saúde, incapacitados de garantir o sustento da família. Nosso objetivo é multiplicar os recursos disponíveis aos colegas carentes mediante reavaliação rigorosa de serviços: postos e unidades ociosos, cuja manutenção mostrar-se onerosa, serão repensados, ou, em casos extremos, desativados. Os campos de atuação da CAASP que não integrem suas atividades-fim, e que salutarmente hoje fazem parte do dia a dia da advocacia, serão mantidos ou até ampliados mediante novos meios de geração de receita: em síntese, patrocínios e parcerias serão a norma, e em breve já teremos bons resultados para mostrar.Não nos esqueçamos de que o peso institucional da OAB-SP e da CAASP, com seus mais de 400 mil inscritos, afora seus familiares, constitui um ativo que salta aos olhos de empresas de qualquer segmento. Cada vez mais transformaremos esse poder – a marca “advocacia paulista” – em benefícios à parcela da classe que se veja em situação aflitiva.As farmácias da CAASP, por sua vez, não devem constituir fonte de receita, já que praticam preços de custo. A Caixa nada lucra com a venda de medicamentos, pois cobra da advocacia o mesmo que paga aos laboratórios, além de arcar com os elevados custos de manutenção das lojas, que exigem profissionais qualificados e se submetem a rígida fiscalização sanitária.Em contrapartida, seria gratificante para nós, dirigentes, que a advocacia a cada dia precisasse menos dirigir-se às farmácias da CAASP. E por uma razão simples: queremos que os advogados necessitem cada vez menos de medicamentos, e essa condição se obtém por meio de hábitos de saúde preventiva, os quais serão incansavelmente incentivados pela Caixa, sempre que possível com apoio de empresas parceiras.A adoção de prioridades, a eliminação de qualquer forma de desperdício, o rigor na aplicação dos recursos oriundos da anuidade paga à Secional, a busca de parceiros nos setores empresariais, trabalho duro e alguma criatividade posicionarão a Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo acima do debate binário entre “crescer” ou “manter-se no azul”. *Publicado originalmente no Jornal da Advocacia / abril 2019
22/04/2019 (00:00)
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